Vagas de Emprego #SóQueNão

A taxa de desemprego entre 5% e 7% sugere que há trabalho para todos, mas encontrar um emprego no Brasil pode ser mais difícil do que parece. No detalhe, os dados revelam uma situação similar à de países em crise de emprego.

O Brasil tem uma taxa de desocupação entre 5% e 7,1%. Isso pode sugerir que vivemos uma situação na qual todos que procuram trabalho conseguem encontrar. No entanto, a realidade não corresponde aos números divulgados. Para os jovens com 18 a 24 anos, por exemplo, o índice sobe para 13%.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), pleno emprego é a situação em que o número de vagas oferecidas é próximo à quantidade de pessoas que procuram trabalho. O conceito também inclui boas condições de trabalho, como carteira assinada, jornada e remuneração justas, além de utilizar o máximo da capacidade produtiva do País.
Em tempos de baixo crescimento da economia, o atual índice de desocupados é atribuído, em parte, à forte expansão do setor de serviços, que inclui o comércio e engloba desde quem trabalha em bancos até taxistas. O problema é que as pessoas empregadas nessas vagas têm salários baixos, pouca produtividade e alta rotatividade.
Dizer que o desemprego diminuiu ou que há menos pessoas desocupadas não basta para afirmar que estamos no pleno emprego. Segundo o economista Gabriel Ulyssea, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), não é possível avaliar a situação sem considerar o número de brasileiros que deixaram de procurar uma ocupação. "Se esse contingente tivesse ficado no mercado de trabalho, possivelmente nós teríamos uma taxa de desemprego maior", diz.
O que se tem observado nos últimos anos é uma mudança no perfil da economia brasileira. Se antes a indústria era atrativa por contratar mais pessoas, agora é o setor de serviços que se destaca, contando com maior participação no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil (69,4% em 2013).

Fonte: O Estadão

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